Por Mauricio Filho (Mike na Noite) – editor@jornaltorpedo.com.br
O filme “Pacto entre Canalhas – o combinado não é caro” de Luiz César Rangel e produção executiva de Orlando Rodrigues está em fase de filmagens em Jundiaí SP.
Assim como em “Agonia”, a direção optou pela cidade para dar vida à sétima arte, mais uma vez.
Fui agraciado, hoje, pelo convite de participar dos bastidores das filmagens de “Pacto entre Canalhas – o combinado não é caro” e bati um papo descontraído com alguns dos profissionais do elenco e produção, com exclusividade.
A profissão de jornalista tem dessas surpresas.
Num belo dia você vai assistir a exibição de um filme, sem compromisso e aí se encanta pela produção e a curiosidade que nos é característica, nos move a buscar mais informações.
Conhecer de perto a realização de um filme é algo inesquecível.
Cinema nacional independente é magia.
É tirar leite de pedra. É sonho. É lidar com o improvável e torná-lo palpável.
Ali são todos discípulos de Prometeu.
Um roteiro começa de uma ideia e esta vai tomando forma na cabeça do escritor. Daí entra a direção que seleciona o elenco e monta o projeto. As cenas são pensadas, uma a uma. Cada ângulo, luz, voz, movimento.
O roteiro de Orlando Rodrigues irá virar livro, inclusive.
Nesta versão, o personagem de Deo Garcez antagoniza com o de Luiz Rangel na busca por respostas para as perguntas mais incômodas da humanidade.
Senti algo de “Rodrigueano” ali.
Além da coincidência de sobrenomes. Metalinguagem pura.
O questionamento ético e moral da sociedade e dos tempos em que vivemos.
Aquela ideia básica de que o canalha é sincero até quando mente.
Ansioso por poder assistir em tela grande. Parabenizo a direção da Cultura de Jundiaí pelo apoio a projetos como este. Fundamental.
Acompanhe os próximos capítulos desta minha odisseia cultural.
Alguns cliques que dei com minha digital:
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*Prometeu era um titã grego que roubou o fogo de Zeus para dar aos homens.
* Nelson Rodrigues (Dramaturgo, jornalista, cronista e escritor brasileiro que revolucionou a literatura e o teatro brasileiros)
*Embora haja alguma semelhança com a obra de Nelson Rodrigues e a de Plínio Marcos, seria mais correto defini-lo como “Rangeliano”, o que faz todo o sentido, pois seu trabalho de criação é ímpar.